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O que vamos aprender com o Carrefour e a TV Globo?

O que vamos aprender com o Carrefour e a TV Globo? Artigo de Daniel Aguado

Nos últimos dias, as notícias sobre duas marcas líderes em nosso país têm deixado grande parte do público estarrecido. Em primeiro lugar, pelos terríveis acontecimentos que envolvem essas duas marcas – o assassinato de João Freitas dentro de uma loja do Carrefour e a denúncia de assédio contra o diretor Marcius Melhem da TV Globo – e, em segundo lugar, pela forma como essas empresas atuaram e estão atuando no enfrentamento das suas respectivas crises institucionais.

Certamente, qualquer profissional de marketing e comunicação teria muita dificuldade em lidar com impactos tão negativos na reputação de uma marca e, é prudente considerarmos os diferentes caminhos tomados pelo Carrefour e pela TV Globo na tentativa de superarem esses problemas. Ressalto que, independentemente das estratégias adotadas, os dois casos são de extrema gravidade e devem ser repudiados por todos.

Aqui, no Marcas pelo Mundo, o nosso papel é tentar avaliar esses impactos sobre os aspectos de marketing, da marca e da gestão da comunicação em situações de crises. E, sob esses aspectos, apesar de um caso de extrema violência, o Carrefour Brasil parece estar conduzindo de maneira mais inteligente e eficiente o tema. A comunicação do hipermercado tratou de dar transparência à condução do processo, compartilhando com os consumidores todas as medidas que estavam sendo tomadas. Derrapou ao escolher um porta-voz francês para expor o ponto de vista da marca em seu informe publicitário – soa arrogante e distante do público -, mas correu para criar programas e implementar ações práticas contra o racismo em suas lojas no Brasil (lembramos que esse não é o primeiro caso envolvendo a marca).

Na contramão dos franceses, a emissora carioca optou pelo silêncio e virou uma mera espectadora no embate público gerado entre a humorista Dani Calabresa e o ex-diretor da empresa, Marcius Melhem. A vergonhosa postura da TV Globo nesse caso é um incentivo para que as práticas de assédio contra as mulheres sejam constantes. Desde a maneira como conduziu as tratativas do caso internamente e, principalmente, como têm conduzido a sua comunicação com o mercado. Claramente, optou por deixar a vítima – ainda contratada da emissora – exposta à audiência, parecendo preocupar-se apenas em não ser citada no caso. O silêncio da marca reitera a omissão que a empresa teve ao longo de toda a investigação do caso.

Ainda é cedo para identificarmos os reais danos na reputação dessas duas marcas, mas já é possível afirmar que a TV Globo terá pouca ou nenhuma credibilidade para noticiar casos de assédios, infelizmente, tão comuns em nossa sociedade. Afinal, o telhado de vidro da emissora carioca está bastante sensível para atacar pedras nos vizinhos.

Por: Daniel Aguado – Diretor de Marketing do Poliedro Educação

LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/daniel-aguado-1b7b229/

 

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