George Floyd, Miguel Otávio Santana da Silva, João Pedro Matos.
Violência contra a mulher, homofobia, assédio, gordofobia.
Qual será o papel das marcas e dos profissionais de marketing num contexto tão desumano como esse?
Em certa parte, acredito que a publicidade até tenha contribuído um pouco com esse cenário ao exibir famílias brancas e harmoniosas em volta da mesa saboreando margarina, casais héteros brancos e corpos perfeitos em cenas de paixão intensa para promover algum cosmético. O carro da família perfeita, a cerveja que atraí as mulheres gostosas, as loiras pouco inteligentes e por aí vai. Historicamente, uma comunicação que pouco refletiu a vida real e a grande maioria da nossa população.
Além de nos indignarmos virtualmente, chegou a hora de fazermos algo transformador e efetivo para a nossa sociedade. Não é possível que tantos casos como esses ocorram e que isso vire uma rotina em nossas vidas.
Hoje, mais do que falar sobre marcas, marketing e comunicação é preciso falar sobre compaixão. Respeito real ao outro. Aceitar a diversidade de pensamento como algo indispensável a uma sociedade saudável. Temos que repensar nossas estratégias e nosso papel como influenciadores. O consumo é algo importante para a sociedade, mas não pode se sobrepor às necessidades básicas da condição humana.
Vamos nos reinventar e provar que ainda há tempo para fazermos a diferença na vida de toda a nossa comunidade. Não basta colar um propósito de marca bonito na parede. Tem que ser colocado em prática todos os dias.
É hora de dialogar de verdade com o consumidor.
Por: Daniel Aguado – Diretor de Marketing do Poliedro Educação
LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/daniel-aguado-1b7b229/
Leia outros artigos de Daniel Aguado:
https://marcaspelomundo.com.br/destaques/que-tal-reprisarmos-os-classicos-da-publicidade-brasileira/
https://marcaspelomundo.com.br/opiniao/as-transformacoes-positivas-dessa-pandemia-por-daniel-aguado/
https://marcaspelomundo.com.br/opiniao/as-marcas-e-as-lives/
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay