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Comunicação multicanal e o poder da narrativa, por Bianca Iaconelli

Comunicação multicanal e o poder da narrativa, por Bianca Iaconelli

Segue sendo instigante o poder que o mercado de comunicação tem de apresentar aos seus profissionais novas formas de passar as mensagens de seus produtos e serviços. À primeira vista, um mundo de possibilidades (claro!). Alguns surgindo sobre os ensinamentos dos anteriores, o que acho sempre uma tentativa que carrega muito mais criatividade do que os primeiros, absolutamente funcionais.

À segunda vista, toda marca se pergunta se deve estar em todos eles. Bom, canja de galinha e testes não fazem mal a ninguém, diria minha avó. Mas entre amontoados de conceitos que partem normalmente de um insight criativo ou uma análise de dados para definir a melhor abordagem em cada espaço, mora em uma narrativa bem definida o que acredito que também deveria ser o foco da comunicação multicanal.

A variedade é tanta que garantir presença e uma boa execução pautada pelas necessidades técnicas de cada um desses espaços é muito importante, mas sozinhas talvez não sejam sustentáveis no longo prazo. Não quero seguir sem lembrar que, acerca de canais, não estamos falando só de redes sociais, mas também portais, CRM e outros. Se esses espaços são apenas um ponto de encontro que nos aproxima de consumidores por meio de um comportamento que nem é nosso, e sim deles, porque reduzimos ao seu funcionamento técnico uma comunicação tão mais ampla?

Imagine uma festa de aniversário: sua marca é aniversariante e como tal escolhe o buffet, chama os amigos, define a data, as atrações e… torce para que eles gostem. Veja bem, é uma pena que os negócios não sejam como festas, onde a gente pode só torcer para que todos gostem.

Definir bem o arco narrativo, a começar pelo fim (sim, pelo fim!), é uma sugestão de caminho para encontrar a saudabilidade desse juntar de pontas com dinâmicas tão diversas. Pensemos, cada vez mais: o que queremos que as pessoas falem desse lançamento ou dessa campanha quando o virem? O que queremos que pensem e espalhem?  Daí, então, a adaptação se faz de forma mais fluida sobre a necessidade de cada espaço.

Por Bianca Iaconelli, coordenadora de comunicação do iFood

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