Há algum tempo, a praticidade tem sido um dos principais critérios de compra para os consumidores, seja pessoa física ou jurídica. Hoje, eles desejam encontrar tudo o que procuram em um único lugar e escolher a forma de pagamento mais conveniente, por exemplo. Para se ter uma ideia, de acordo com o workshop Consumidor Moderno Experience Summit, o Brasil tem os consumidores mais exigentes do mundo, visto que 72% estão dispostos a trocar de marca por conta de uma experiência ruim. O panorama global tem média de 52%.
Além disso, no ato da compra, 70% dos brasileiros são mais propensos a serem leais a marcas que os proporcionam uma boa experiência. Para ajudar nesse processo, uma das tendências que vem crescendo é o conceito de One Stop Shop, modelo de negócio no qual o cliente pode adquirir todas as soluções de que precisa em uma mesma plataforma ou estabelecimento – facilitando a sua jornada de compra e oferecendo mais conveniência, praticidade e economia de tempo.
A estratégia, que já faz parte de diferentes setores da economia, como varejo, alimentício, supermercadista, de móveis e decoração, entre outros, ajuda a concentrar toda a produção em um mesmo ambiente, o que permite fazer mais com menos. No mercado gráfico, por exemplo, oferecer todas as soluções necessárias em um único lugar, como papelaria, editorial, rótulos e adesivos, brindes, embalagens, comunicação visual e sublimação, permite obter uma série de vantagens estratégicas e operacionais que criam um ciclo virtuoso de benefícios mútuos entre empresa e cliente.
Para a companhia, é possível obter maior controle sobre todo o processo produtivo, garantindo alta qualidade sobre os serviços oferecidos, otimizando a logística e reduzindo custos. Mais que isso, faz dela uma parceira completa, pois ajuda a aumentar o ticket médio de seus clientes e garantir a sua fidelidade. Além disso, a centralização da produção favorece a personalização, permitindo ajustes rápidos e flexíveis para cada demanda.
Já para o cliente, essa facilidade se traduz em ganho de tempo, simplicidade e confiança, visto que contar com um único fornecedor elimina a complexidade de gerenciar vários contratos e acompanhar processos fragmentados. A experiência também se torna mais consultiva e focada, já que as organizações conseguem orientá-lo de forma holística, sugerindo soluções que atendam de forma integrada todas as suas demandas, resultando em um alinhamento mais estratégico e eficiente com seus objetivos de marca e mercado.
Um dos principais impactos dessa centralização está na personalização das entregas, já que, ao fazer tudo em um só lugar, a empresa consegue adaptar e ajustar cada pedido de acordo com o que o cliente precisa, de forma mais rápida e eficiente. Ao invés de ter que lidar com diversos parceiros para alinhamentos e ajustes, tudo é resolvido internamente, o que acelera a execução. Falando em agilidade, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Capterra, que contou com mais de 1000 brasileiros, os consumidores estão mais interessados em entregas ultrarrápidas. Para se ter uma ideia, 49% declarou que a rapidez é o mais importante no serviço de delivery, superando até a importância do preço do frete (33%).
Ainda, ao produzir em maior quantidade para diversos tipos de materiais e demandas, por exemplo, é possível negociar com fornecedores preços mais competitivos em grandes volumes de papel, tinta e outros insumos, bem como distribuir os custos fixos – como aluguel e pessoal – entre um número maior de produtos. Além disso, ao utilizar uma mesma linha de produção concentrada, a gráfica reduz o tempo ocioso das máquinas e melhora a utilização dos espaços físicos, minimizando custos de manutenção e desperdício de recursos.
Por fim, é importante reforçar que um fluxo de trabalho mais integrado permite que a indústria gráfica consiga otimizar processos, diminuir retrabalhos e acelerar o tempo de entrega. Sem a dependência de fornecedores externos, que podem ter prazos e prioridades diferentes, é possível garantir um fluxo de trabalho contínuo e bem ajustado ao seu cronograma. Essa eficiência se traduz em uma operação mais enxuta e ágil, com menos desperdício de recursos e, consequentemente, uma produção mais econômica e competitiva. Esses ganhos impactam diretamente não só na operação da empresa, mas principalmente na satisfação do cliente.
Artigo escrito por: Fábio Carvalho é CRO e COO da Printi. Engenheiro de Produção por formação, conta com uma trajetória de mais de uma década em gestão operacional e estratégica. O executivo é movido pela paixão em transformar negócios e pela crença no impacto positivo que uma gestão eficiente pode gerar para clientes, colaboradores e resultados corporativos.
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