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Respeitem o Marketing! por Daniel Aguado

Respeitem o Marketing, de Daniel Aguado

– “Contratei um fotógrafo para o aniversário do meu filho e custou bem menos.”

– “Eu não assisto TV aberta. Ninguém vê TV aberta mais. Por que investir nessa campanha?”

– “Nunca escutei uma música da Anitta. Eu acho que não faz sentido contratá-la.”

– “Apesar do brand book terminar isso, eu gosto mais de outra cor e, se não trocar, a peça não será aprovada.”

É bem provável que, sendo um profissional de marketing e de comunicação, vocês já devem ter escutado inúmeras dessas afirmações exemplificadas acima. Infelizmente, tenho acompanhado, com um certo espanto, a informalidade e a falta de técnica que vem tomando conta das organizações nos processos decisórios que envolvem as estratégias de marketing, de publicidade, de produto, de branding, entre outras disciplinas da comunicação. Com frequência, escuto relatos de colegas sobre esse tipo de conduta e a recorrente dificuldade em estabelecer processos baseados em fatos e dados.

A verdade é que qualquer tema envolvendo marketing terá muito mais appeal versus as demais iniciativas de uma empresa. Isso ocorre porque, de maneira geral, as atividades de marketing dão visibilidade aos produtos e aos serviços, além de alimentar o ego de muitos profissionais nas organizações. Algo muito sútil, mas que pode ser traduzido como: “eu mandei colocar essa palavra no anúncio. O marketing não tinha visto isso”. Uma armadilha muito perigosa às marcas, pois impacta diretamente a consistência e a coerência com que nos relacionamos com os consumidores.

Pessoalmente, avalio como muito positiva a troca de ideias e de sugestões com diferentes áreas dentro de uma organização. No entanto, é imprescindível que o time de marketing tenha um papel estratégico e decisor em processos que envolvam as estratégias de abordagem com o cliente e o mercado. Como eu sempre digo: gosto pessoal é para deixar em casa! Por isso, uma das formas de minimizar esse tipo de ‘falta de respeito profissional’ é construir recomendações técnicas, baseadas em informações bem estruturadas, refletindo cenários externos e internos aonde aquela determina marca atua. A ideia é conseguir pautar a tomada de decisão sobre marketing em fatos e em dados. Como em finanças, processos, vendas e tantas outras disciplinas.

A tarefa não é fácil para os ‘marqueteiros’ de plantão, mas precisa ser encarada com disciplina, informação e muita resiliência. Com certeza, nós estamos juntos nessa empreitada!

Por: Daniel Aguado | https://www.linkedin.com/in/daniel-aguado/

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