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Raul Lores destaca integração do OOH com as cidades na Convenção da Central de Outdoor

Raul Lores destaca integração do OOH com as cidades na Convenção da Central de Outdoor

Raul Juste Lores, jornalista, autor do projeto São Paulo nas Alturas, participou como conferencista da 33ª Convenção da Central de Outdoor, realizada em Florianópolis-SC. Em um encontro que reuniu empresários de todo o Brasil, Lores compartilhou insights valiosos na palestra “Integração da Mídia OOH nas Cidades do Futuro”.

Com uma experiência de três anos cobrindo países como China, Japão, Coreia e outras nações onde a publicidade é uma parte intrínseca da paisagem urbana, Lores trouxe exemplos inspiradores de como a comunicação visual bem-sucedida pode transformar as cidades.

Em sua palestra, Raul destacou as diferenças entre as abordagens asiáticas e brasileiras em relação à mídia exterior. Enquanto em países como China e Japão a publicidade externa é uma presença marcante em grandes pontos turísticos, no Brasil ela ainda é limitada e resulta em um valor agregado menor. “A publicidade externa tem que torcer por cidades mais densas, com mais gente na rua e menos isoladas, como estamos construindo”, ressalta.

Quando questionado sobre o futuro do OOH no Brasil, Lores expressou otimismo, destacando a crescente escassez de atenção das pessoas na economia moderna.  “Eu acho que os atores que vão crescer e se destacar são aqueles que saibam abraçar a tecnologia e oferecer algo diferente para os seus clientes. A publicidade estática e mais tradicional vai passar por momentos difíceis. Agora quem faz o que eu mostrei nos exemplos, de realidade aumentada, de fato se destaca mais do que muita publicidade na TV ou nas redes sociais”.

Um dos exemplos que Raul Lores apresentou essa palestra foi uma publicidade na Catedral de Duomo, um dos principais pontos turísticos de Milão, na Itália, onde parte do valor do restauro é proveniente da publicidade.

Além disso, em entrevista com a jornalista Elisangela Peres, Raul Lores comentou sobre a legislação e mentalidade do poder público e de empresários em relação à mídia exterior. “Faltam duas coisas: parte dos técnicos das prefeituras do Brasil que decidem onde se pode ou não colocar anúncios, publicidade, especialmente em prédios históricos, é profundamente anticapitalista, e acharia um desrespeito você dessacrar a Catedral, museu e prédio histórico que tivesse uma propaganda da Coca-Cola, por exemplo. O que eu acho uma ignorância total. Sabemos que restauro de uma catedral, de um prédio de 1700, é caríssimo. Então, Milão e Barcelona sabem quais são as prioridades e meio que terceirizaram essa responsabilidade para o campo da publicidade. Tem que haver uma espécie de atualização, modernização de conceitos dos nossos técnicos que acham que a publicidade violentaria esses prédios históricos tombados. Mas, eu acho que o setor também tem que fazer a sua lição de casa, ou seja, para você convencer esses técnicos, prefeitos, governadores, você tem que ter uma mensagem unida e tem que mostrar que o setor está disposto a investir mais e, de fato, trazer uma publicidade que embeleze esses lugares”.

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