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Desvendando o Futuro da Mídia: Insights da 33ª Convenção da Central de Outdoor

A Mídia do Futuro, com Daniela Klaiman na 33ª Convenção da Central de Outdoor

A primeira palestra da 33ª Convenção da Central de Outdoor teve o tema “A Mídia do Futuro”, que abordou sobre as tendências e transformações que estão moldando o cenário da mídia e da comunicação. Daniela Klaiman, CEO da FutureFuture e uma das palestrantes do evento compartilhou insights sobre o que está por vir e como as tecnologias estão construindo esse futuro.

O talk começou com uma reflexão sobre as experiências passadas da palestrante, que já percorreu um longo caminho trabalhando em diversas agências em São Paulo. No entanto, seu interesse no futuro a levou a explorar novas fronteiras, mergulhando no mundo do futurismo e das novas tecnologias. Atualmente, Daniela atua como consultora, unindo diferentes visões para ajudar as empresas a compreender e se adaptar às transformações, seja na estratégia interna, comunicação, criação de novos produtos ou serviços, sua missão é antecipar as mudanças e posicionar as empresas à frente do jogo.

O futuro, segundo ela, pode ser dividido em duas perspectivas: o de curto prazo, que se concentra nos próximos 0 a 5 anos e é baseado no comportamento do consumidor; e o de longo prazo, que abrange os próximos 5 a 50 anos e é impulsionado pelas novas tecnologias emergentes. A abordagem de Klaiman não se limita a uma única visão de futuro, pois ela entende que as coisas estão interconectadas.

Daniela iniciou sua apresentação destacando o uso de inteligência artificial na criação das imagens que acompanhavam sua palestra. Ela enfatizou a importância de não apenas falar sobre tecnologia, mas sim utilizá-la para garantir uma comunicação mais eficaz. “Se estamos falando sobre tecnologia, precisamos usá-la. Não adianta apenas falar”, ressaltou ela.

A Influência da Geração Z na Mídia e no Mercado

Nos dias atuais, é praticamente impossível discutir qualquer assunto sem levar em consideração a perspectiva da Geração Z. Composta pelos jovens nascidos após o ano 2000, essa geração está prestes a impulsionar mudanças significativas em diversos aspectos da sociedade, especialmente no que diz respeito ao comportamento de consumo e à forma como nos conectamos com a mídia.

Uma das principais características dessa geração é a sua conexão com os smartphones. A maioria deles passa a maior parte do dia com os olhos fixos na tela, consumindo uma infinidade de conteúdos simultaneamente. Esta é uma geração que vive na era do “multitask”, realizando várias atividades ao mesmo tempo, o que torna a atenção fragmentada e a retenção de informações extremamente baixa.

Além disso, a confiança da Geração Z está mais direcionada para pessoas próximas e influenciadores menores, em detrimento das grandes celebridades e marcas distantes. Eles preferem seguir indivíduos que sejam autênticos e próximos à sua realidade, criando uma nova dinâmica de influência nas redes sociais.

Outra característica marcante é a rapidez na tomada de decisões de compra. Esta é uma geração acostumada à instantaneidade, e isso se reflete em suas escolhas de consumo, que são rápidas e muitas vezes impulsivas.

Diante desse panorama, é fundamental para as empresas e profissionais de marketing entenderem e se adaptarem a esses novos padrões de comportamento. É necessário estar conectado com a realidade desses jovens, criando estratégias de comunicação que sejam ágeis, autênticas e que valorizem as relações humanas.

Uma das tendências mais evidentes é a mudança na lógica da mídia. Se antes buscávamos apenas a lembrança de uma marca na mente do consumidor, agora é essencial criar uma conexão emocional verdadeira. Isso significa adicionar camadas de significado às mensagens, focando em valores como ética e autenticidade.

Daniela destacou a importância de transformar as mídias em gatilhos para atrair essa geração, tornando as informações mais acessíveis e envolventes. Ela exemplificou como isso pode ser feito, transformando eventos e shows em experiências imersivas, utilizando tecnologias digitais para criar interações dinâmicas e envolventes. A chave, segundo ela, é tornar as mídias vivas e conectadas, capazes de reagir ao ambiente ao seu redor e atrair a atenção do público de maneiras inovadoras.

10 Tendências para o Futuro

Daniela apresentou 10 tendências do futuro, explorando como essas mudanças afetarão o mercado da mídia e como as empresas precisam se adaptar para melhor integrar-se à vida das pessoas. Ela enfatizou a necessidade de criar experiências mais envolventes e integradas, capazes de capturar a atenção do público em um mundo cada vez mais saturado de informações.

Segundo a palestrante, os principais tópicos que moldarão o futuro são:

– Top of Heart: Se antes buscávamos apenas a lembrança de uma marca na mente do consumidor, agora é essencial criar uma conexão emocional verdadeira. Isso significa adicionar camadas de significado às mensagens, focando em valores como ética e autenticidade. Daniela destacou a importância de transformar as mídias em gatilhos para atrair essa geração, tornando as informações mais acessíveis e envolventes. Ela exemplificou como isso pode ser feito, transformando eventos e shows em experiências imersivas, utilizando tecnologias digitais para criar interações dinâmicas e envolventes. A chave, segundo ela, é tornar as mídias vivas e conectadas, capazes de reagir ao ambiente ao seu redor e atrair a atenção do público de maneiras inovadoras.

– Magical Life: Cidades e Casas Integradas e Conectadas, como hubs de conectividade e um facilitador. Daniela deu exemplos de como a AI integrada com produtos de home appliance e com os carros vão facilitar a vida das pessoas para que elas tenham experiências mágicas, como uma geladeira com inteligência artificial que sabe os produtos que estão dentro e já compra automaticamente quando um produto acaba. Uma revolução na forma de como interagimos com o mundo ao nosso redor, com a mídia desempenhando um papel crucial ao permeabilizar esses momentos de conexão e transformação.

– Tracked Offers: Enfrentamos desafios únicos e oportunidades sem precedentes. Entre esses desafios, destacam-se a crescente epidemia de solidão e a perspectiva de viver mais tempo do que nunca. Essas duas realidades convergem em um ponto crucial: a necessidade urgente de repensar como nos relacionamos, cuidamos de nossa saúde emocional e utilizamos a tecnologia para melhorar nossas vidas. A tecnologia, quando usada de maneira consciente e deliberada, pode se tornar uma ferramenta poderosa para promover o bem-estar emocional e combater a solidão. Desde aplicativos que oferecem suporte emocional imediato até dispositivos inteligentes que promovem um estilo de vida saudável, há uma infinidade de oportunidades para criar soluções inovadoras que atendam às necessidades de uma sociedade em transformação. Com os dados, há uma possibilidade enorme de falar, através das mídias, com as pessoas no momento certo.

– Dematerialized Media: À medida que nos afastamos dos formatos tradicionais, como impressos e televisão, e nos voltamos para plataformas digitais e interativas, testemunhamos uma mudança fundamental na comunicação. A mídia desmaterializada transcende as limitações físicas, permitindo que os consumidores mergulhem em experiências imersivas e personalizadas. Desde realidade virtual até assistentes de voz, onde a barreira entre o mundo físico e o virtual se dissipa e oferece novas possibilidades de engajamento e interação. Neste cenário em constante evolução, é essencial compreender e explorar o potencial da mídia desmaterializada para moldar o futuro da comunicação e da cultura.

– Extreme Privacy:  A tendência da privacidade extrema, destacada como um fenômeno emergente entre as gerações mais jovens, reflete uma reação profunda à crescente exposição nas plataformas digitais. As pessoas estão adotando medidas cada vez mais rígidas para proteger seus dados pessoais e restringir o acesso a suas informações. Além de ajustar configurações de privacidade em redes sociais, eles estão recorrendo a tecnologias criptografadas e redes privadas virtuais (VPNs) para garantir a confidencialidade de suas comunicações e atividades online. Essa busca por privacidade extrema não é apenas uma resposta às crescentes preocupações com segurança cibernética, mas também uma afirmação de autonomia e controle sobre a própria identidade digital. A privacidade extrema representa uma tentativa de recuperar a soberania sobre os dados pessoais, ao mesmo tempo, ela desafia os modelos tradicionais de monetização da atenção, sugerindo um futuro onde os consumidores possam buscar uma compensação justa pelo uso de seus dados e atenção no mercado de mídia.

– Gamified Experience: Representa uma inovadora abordagem na criação de jornadas de interesse. Esta estratégia envolve a integração de elementos de jogos e interatividade em diferentes mídias, com o objetivo de não apenas chamar a atenção do público, mas também mantê-lo engajado ao longo de uma narrativa estimulante. Ao incorporar desafios, recompensas e personalização de experiências de acordo com as preferências individuais dos participantes, o Gamified Experience proporciona uma forma única e envolvente de conectar-se com o público-alvo. Essa abordagem transforma interações cotidianas em experiências memoráveis e significativas, permitindo que as marcas criem laços mais fortes e duradouros com seu público.

– Phygital Venues: Os “phygital venues” emergem como espaços inovadores que combinam elementos físicos e digitais para criar experiências envolventes e imersivas. Esses locais são projetados para oferecer uma integração perfeita entre o mundo físico e digital, proporcionando aos visitantes uma experiência única que vai além dos limites tradicionais das mídias. Ao utilizar tecnologias avançadas, como telas interativas e sistemas de realidade aumentada, os “phygital venues” oferecem uma variedade de experiências interativas e personalizadas que cativam o público e o envolvem em uma jornada sensorialmente rica. Esses espaços representam um novo paradigma na forma como as marcas se conectam com seu público, transformando simples pontos de contato em experiências memoráveis e significativas. Um dos bons exemplos é a The Sphere, em Las Vegas.

– Fragmented Takes: A ascensão dos Fragmented Takes, ou “tomadas fragmentadas”, representa uma evolução na forma como contamos histórias. Não estamos mais presos a uma única perspectiva linear; em vez disso, podemos explorar várias facetas de uma narrativa, mergulhando em diferentes ângulos, pontos de vista e experiências. Essa abordagem fragmentada permite uma maior profundidade e complexidade nas histórias que contamos, desafiando as convenções tradicionais e convidando o público a se envolver em uma jornada narrativa mais rica e multifacetada. Exemplo, assistir aos jogos de futebol na perspectiva dos jogadores. Os consumidores pagarão por isso. Um exemplo já na prática é o óculos da Meta. A palestrante convidou os participantes a repensarem pela perspectivas do Outdoor

– Unreal Reality: A “Unreal Reality”, ou realidade irreal, é um conceito que desafia as noções tradicionais de realidade e abre portas para novas experiências imersivas. Enquanto a realidade virtual nos transporta para ambientes completamente digitais, a unreal reality funde elementos do mundo real com camadas digitais, criando uma experiência híbrida única. Nesse espaço, é possível sobrepor informações digitais ao ambiente físico, transformando a percepção da realidade e oferecendo novas formas de interação e exploração. A unreal reality promete revolucionar a maneira como vivemos, trabalhamos e nos entretemos, desafiando as fronteiras entre o mundo físico e o digital e fazendo o convite a repensar nossa compreensão do que é real.

– AI Powered Media: A mídia impulsionada pela inteligência artificial está redefinindo os padrões de produção, distribuição e consumo de conteúdo. Ao aproveitar os poderes da IA, os profissionais da mídia podem analisar grandes volumes de dados em tempo real, compreender padrões de comportamento do público e personalizar conteúdos e experiências de maneira altamente direcionada.

Veja entrevista com Daniela Klaiman:

 

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