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Qual opção nos restará?, por Daniel Aguado

Neste artigo, Daniel Aguado comenta sobre as ondas de casos de preconceito envolvendo colaboradores de marcas consagradas.

Ao longo dos últimos meses, temos acompanhando uma avalanche de casos de racismo, de homofobia, de intolerância religiosa, de violência contra as mulheres e contra as crianças, dentre tantos outros crimes que assombram a nossa sociedade. Uma rotina que agrava-se ainda mais quando envolve colaboradores de marcas consagradas e, em alguns casos, referenciadas por seus consumidores.

Infelizmente, os exemplos são muitos e em vários segmentos da economia. Desde um assassinato dentro de uma loja do Carrefour, uma cartilha homofóbica na rede de supermercados Hirota, ataques aos colaboradores na rede Havan e Madero, até o caso mais recente de racismo no Assaí Atacadista. Um verdadeiro show de horrores!

Em comum, além da gravidade dos casos, as marcas envolvidas sempre tratam de buscar uma retratação pública vaga, com poucas ações práticas e bem elaboradas por advogados ou profissionais especializados em gestão de crises. Tudo bem padronizado, na tentativa de minimizar o mais brevemente possível, os eventuais impactos às marcas e às vendas dos seus respectivos produtos ou serviços.

Pessoalmente, sempre que uma situação dessa vem a público, tenho adotado uma postura bem efetiva, deixando de manter qualquer tipo de relacionamento comercial com tais empresas. Porém, começo a avaliar que, em breve, ficarei sem opções de supermercados, magazines ou lanchonetes, tamanha a frequência destas aberrações comportamentais. O que nos restará como opção?

Vale ressaltar que toda marca está sujeita a situações de crises e de ataques à sua reputação, especialmente, quando atuam em segmentos de alto risco operacional e grandes volumes de consumidores. Para casos assim, o cliente tende a ser mais compreensivo. É evidente que não podemos incluir um ataque racista na lista de falhas operacionais. São questões completamente distintas e exigem das marcas, bem como, dos consumidores atitudes mais enérgicas e contundentes.

Por Daniel Aguado | danielaguado.com.br

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