2025 foi o ano em que o Brasil mostrou que criatividade e tecnologia podem andar de mãos dadas para fazer a diferença, e decolou alto, literalmente! A campanha “The Amazon Greenventory”, da Natura com a Africa Creative DDB São Paulo e a startup Bioverse, conquistou o Grand Prix na categoria Sustainable Development Goals no Cannes Lions.
Mas o que essa campanha tem de tão especial? Imagine drones de última geração, equipados com inteligência artificial, cruzando o céu da Amazônia para mapear 60 mil hectares da floresta em tempo recorde. Isso mesmo: enquanto um inventário tradicional levaria décadas, eles fizeram em meses, juntando dados inéditos para ajudar na preservação do “pulmão do mundo” e no desenvolvimento sustentável da região.
Essa mistura de inovação tecnológica, ciência e uma parceria genuína com as comunidades locais não só encantou os jurados, mas também colocou o Brasil no topo da categoria Sustainable Development Goals (SDG), conquistando, além do Grand Prix, mais três Leões para o país. Imagine mapear uma área de 60 mil hectares da Amazônia, que corresponde a mais de 100 mil campos de futebol, em apenas seis meses. Esse foi o desafio enfrentado pela equipe da Natura, em parceria com a Bioverse, que utilizou drones equipados com inteligência artificial para realizar o maior inventário florestal já feito na região.
Tradicionalmente, um trabalho desse porte poderia levar mais de 20 anos. Com a tecnologia desenvolvida, o processo foi acelerado em 200 vezes, tornando possível mapear e analisar rapidamente a biodiversidade local, identificar áreas degradadas para recuperação e coletar dados essenciais para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
O drone utilizado, o Nauru 500C da fabricante nacional Xmobots, foi essencial para captar imagens com uma resolução até 10 vezes superior à dos satélites comerciais tradicionais, além de operar em condições e horários antes proibidos, inclusive com autorização inédita da ANAC para voos noturnos.
Parceria que gera impacto social e ambiental
A campanha não é só tecnologia: é um movimento que envolve diretamente as comunidades locais dos municípios de Abaetetuba e Irituia, no Pará. Cerca de 70 famílias participaram do projeto, recebendo treinamento para operar os equipamentos e usar as ferramentas digitais criadas para monitoramento, planejamento e gestão das áreas produtivas.
Essa conexão com as comunidades reforça o compromisso da Natura de ser uma empresa regenerativa até 2050, que promove impactos positivos tanto para a natureza quanto para as pessoas. O projeto permite que essas famílias prosperem economicamente por meio do uso sustentável dos recursos da floresta, principalmente da bioeconomia, como o manejo do tucumã e açaí, ingredientes-chave da linha Natura Ekos. Confira case “The Amazon Greenventory”, da Natura com a Africa Creative DDB São Paulo que conquistou o Grand Prix na categoria Sustainable Development Goals:
Tecnologia que transforma a bioeconomia sustentável
A plataforma tecnológica desenvolvida pela Bioverse, com o apoio do Governo Federal via FINEP, utiliza inteligência artificial treinada para reconhecer espécies amazônicas de interesse econômico e ecológico, além de mapear diferentes usos da terra. Isso possibilita a criação de cadeias produtivas mais sustentáveis e eficientes, com foco em conservação e recuperação ambiental.
Francisco D’Elia, diretor-executivo da Bioverse, comentou que a plataforma utiliza IA treinada para reconhecer espécies amazônicas de interesse econômico e ecológico, além de classificar diferentes usos da terra. A empresa analisou milhares de imagens capturadas em sobrevoos na Amazônia para atingir esse nível de precisão. “O resultado é um sistema capaz de realizar levantamentos com resolução até dez vezes superior à disponível em imagens de satélites comerciais tradicionais, porém com um custo operacional reduzido”, ele disse.
A vitória na categoria Sustainable Development Goals reforça a trajetória da Natura em assumir um papel de liderança ambiental e social. Desde 2000, com a linha Natura Ekos, a marca atua na região amazônica sob um modelo de negócios baseado na bioeconomia e sustentabilidade.
Para 2030, a meta da Natura é ampliar a área de floresta conservada para 3 milhões de hectares, consolidando o compromisso de ser uma empresa regenerativa até 2050 — um objetivo que significa gerar impactos positivos para pessoas, natureza e sociedade.
Além disso, a Natura pretende aumentar para 30% a participação de ingredientes-chave provenientes de comunidades e pequenos agricultores, com ênfase na regeneração ambiental.
Outras campanhas brasileiras brilham em Cannes
Além do Grand Prix da Natura, o Brasil conquistou mais três Leões na mesma categoria SDG:
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Leão de Ouro para o Grupo Boticário, com a campanha “Research My Body”, criada pela GUT São Paulo. A ação marcou o lançamento do Centro de Pesquisa da Mulher, iniciativa pioneira para estudos científicos focados no corpo feminino.
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Leão de Prata para a Dove, com a campanha “The Dove Code”, criada pela Droga5 São Paulo, que desafia os padrões de beleza gerados por inteligência artificial.
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Leão de Bronze para a campanha “SOS Bees”, da Africa Creative DDB São Paulo, para a AB InBev, que transformou o app de vendas da plataforma BEES em uma rede emergencial de apoio a bares afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
O Marcas pelo Mundo segue em transmissão ao vivo direto do Cannes Lions 2025, o maior festival global de criatividade publicitária. Fique por dentro de todas as novidades, prêmios e destaques com a gente!
A cobertura do Marcas pelo Mundo no Cannes Lions 2025 é patrocinada por Lew’Lara/TBWA, Artplan, JNTO, Central de Outdoor e Vox Haus.
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