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Alma Preta lança 1º manual de redação antirracista em São Paulo

Alma Preta Jornalismo lança manual de redação antirracista na sede do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo.

A Alma Preta Jornalismo lança hoje, dia 9 de agosto, seu primeiro manual de redação antirracista na sede do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo (Siemaco), em São Paulo, que terá transmissão on-line pelas páginas da Alma Preta no YouTube e no Facebook a partir das 17h.

O evento receberá profissionais de jornalismo, personalidades e representantes de movimentos sociais, e terá debates sobre a construção do manual e o antirracismo na área da comunicação. Entre os debatedores estão o jornalista e editor-chefe da Alma Preta, Pedro Borges, o escritor Oswaldo de Camargo, a pesquisadora e diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto, e a deputada estadual Paula Nunes (Bancada Feminista – PSOL).

O livro “Manual de Redação: o jornalismo antirracista a partir da experiência da Alma Preta”, fruto de três anos de estudo e trabalho com pesquisadores, jornalistas e estudantes, é um marco para a agência e uma contribuição para a discussão sobre o jornalismo brasileiro. O texto resgata a história de quase três séculos de imprensa negra no Brasil. “A Alma Preta assumiu um compromisso, de muitas mãos, de construir um manual de redação de uma agência de mídia negra. Foi um processo longo, de mais de três anos, de escuta de muitos profissionais, de leitura de muitos cadernos da imprensa negra do século XIX e XX”, aponta o editor-chefe da Alma Preta, um dos idealizadores do manual.

Borges salienta a consultoria permanente durante a pesquisa do manual com a historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, que além de presidir o Arquivo Nacional é professora da UnB; e com o jornalista Juarez Xavier, professor e vice-diretor da Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação (FAAC) da UNESP. “Eles foram fundamentais para o grupo apresentar para a sociedade um material denso, que permite uma reflexão sobre critérios de noticiabilidade, cuidados para a cobertura e termos adequados a serem utilizados — tudo a partir de uma perspectiva antirracista e libertadora”, ressalta Borges. “Quem ganha é a redação da Alma Preta e a imprensa de maneira geral”, acrescenta.

A jornalista Fernanda Rosário, que fez parte do grupo que escreveu o manual, aponta que o levantamento histórico feito pelo texto resgata a “negritude pioneira do passado” e informa o atual momento de discussão da área. “Além dessa consciência histórica que inspira o presente e os caminhos futuros, o manual se torna indispensável ao sistematizar e sugerir estratégias importantes de combate ao racismo no Jornalismo em tempos de hiperinformação”, conclui.

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