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Foco na presença e no resgate das interações humanas

Confira o artigo "Foco na presença e no resgate das interações humanas", escrito por Pedro Ferraz, da Cogna Educação.

Enquanto o mundo volta as suas atenções para as novidades tecnológicas e futurísticas em relação a Metaverso, NFTs, Web3, Blockchain, Inteligência Artificial (IA), que certamente irão transformar a dinâmica das relações humanas, a pergunta que fica é como vamos humanizar as nossas interações para que estejamos mais presentes na vida de nossos familiares, amigos e parceiros de trabalho?

Estive nas duas últimas edições do SXSW, maior evento de inovação do mundo que acontece em Austin (TX) nos Estados Unidos, e foi gratificante perceber que temas necessários, como bem-estar, longevidade, mudanças climáticas, equidade, diversidade e inclusão passaram ocupar um espaço maior na agenda deste ano.

A IA generativa (capaz de gerar conteúdo, conceitos e muito mais) já é uma realidade, ao passo em que está sendo incorporada a muitas aplicações. Somente nos últimos dias, a OpenAI lançou o Chat GPT-4, a Microsoft a integrou com o antigo pacote office (Microsoft 365) e o Google dentro do seu Workplace.

O impacto dessa revolução tecnológica que já estamos vivendo precisa ser amplamente discutido, pois além de já estar desenhando o futuro do trabalho e as novas profissões, trará mudanças significativas na forma como nos relacionamos. A IA, por exemplo, promete otimizar muito do nosso esforço, assumindo algumas das tarefas que não gostamos de fazer ou que nos tomam muito tempo, mas o John Maeda, VP de Design e IA da Microsoft, trouxe uma reflexão importante: o que nós podemos fazer que as máquinas não podem?

Por outro lado, da mesma forma que a tecnologia nos conecta, também permite que estejamos cada vez mais longe uns dos outros ou criando, apenas, intimidade artificial, como a Esther Perel trouxe em sua palestra no evento. “A Intimidade Artificial com um bot não é o que me preocupa. O que me preocupa é como as conexões facilitadas digitalmente estão diminuindo nossas expectativas de intimidade entre humanos”, disse ela.

Mas como humanizar esse contato? Pensando no ambiente corporativo, como as automações irão aproximar líderes de seus liderados, empresas de seus clientes, prospects e parceiros de trabalho?

E em casa, como as automações irão permitir que tenhamos mais tempo com a família e amigos? Ou isso irá gerar uma demanda ainda maior por produtividade, nos tornando mais ausentes, como quando conversamos pessoalmente com alguém, sem dar a devida atenção, enquanto respondemos uma mensagem pelo celular?

Os questionamentos são inúmeros, mas fundamentais. Quem encontrar as respostas para esses desafios e aplicá-los à tomada de decisões irá se diferenciar.

Todas as empresas têm que investir em tecnologia para crescer, otimizar tarefas, definir novas estratégias e muito mais, mas só as que valorizam as pessoas, que são a essência e devem ser o centro de tudo é que atingirão o foco correto para achar as melhores respostas e soluções.

Por Pedro Ferraz, sócio e diretor Comercial da Cogna Educação.

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