Soma das dores das mães enlutadas pela violência armada é mote de ação do Instituto Sou da Paz

Instituto Sou da Paz dá vida à personagem que incorpora referências representativas do perfil das mães de vítimas da violência armada.
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A violência armada produz um duplo ônus para as mulheres brasileiras: as que sofrem violência, muitas vezes baseada em seu gênero e raça, e a dor da perda de seus entes, sejam eles seus filhos, maridos, pais, irmãs ou amigas. Quase 76,97% das vítimas de armas de fogo em 2023 eram pessoas negras, sendo mais da metade (54%) jovens de 15 a 29 anos e 94% homens, segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz com dados do Datasus/Ministério da Saúde.

Metade das mortes por agressão de mulheres em 2023 foram cometidas com armas de fogo, 72% dessas mulheres eram negras e 59% eram jovens e adultas de até 39 anos. Ou seja, essa dor do luto e da busca por justiça diante da perda de pessoas próximas também tem rosto e raça predominantes: quase 78% das vítimas de armas de fogo em 2023 eram pessoas negras, sendo mais da metade (54%) jovens de 15 a 29 anos e 94% homens, segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz com dados do Datasus/Ministério da Saúde.

Na busca de uma porta-voz que representasse essa dor da perda familiar, o Instituto Sou da Paz deu vida à MarIA, personagem construída com Inteligência Artificial que incorporou milhares de referências visuais representativas do perfil prevalente das mães de vítimas da violência armada no país. O filme de um minuto de duração se inicia com MarIA se apresentando de forma impactante: “Eu me chamo Maria, Lúcia, Helena…Tânia. O nome que você pensar já vai ter perdido um filho ou uma filha para a violência armada”. E segue: “Nós também somos vítimas. Eu sou a soma de todas as dores. E dou voz a mães e famílias que choram sem ser ouvidas”.

Como mensagem final, a campanha incentiva a entrega voluntária e anônima de armas, resgatando as primeiras campanhas realizadas pelo Instituto na década de 1990. “Essa campanha tem como objetivo trazer novamente as vítimas e seus familiares para o centro do debate. Quando falamos da necessidade de uma regulamentação responsável que estabeleça critérios rígidos para o acesso a armas, estamos falando sobre preservar as vidas de pessoas e impedir que tragédias evitáveis aconteçam”, diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

No vídeo, a fala de MarIA é acompanhada de uma narração masculina que contextualiza que muitas das mortes poderiam ter sido evitadas se armas não estivessem facilmente disponíveis. “Estamos convidando a população a pensar sobre o perigo da presença da arma somada a um segundo de descontrole, o que pode levar a acidentes com crianças, feminicídios, mortes por brigas banais em trânsito, por isso divulgamos a existência de um canal do Ministério da Justiça para que as pessoas se desfaçam de uma arma de fogo, seja ela legal ou ilegal, de forma segura e anônima, recebendo uma indenização monetária por isso”, comenta Carolina.

Criada e desenvolvida pela agência Troup,Cyranos em parceria com a alegria, a campanha foi realizada pela produtora Love Pictures Company, consumiu duas semanas de trabalho de IA e mais de 300 prompts, viabilizados pela combinação dos programas ChatGPT, Midjourney, Photoshop, Magnific ai, Runway, Kling e Topaz. Além do envolvimento de ⁠quatro IA Filmmakers e duas diárias de gravação com uma atriz, a fim de captar voz e expressão corporal como referência. Todo o trabalho de som foi desenvolvido pela Antfood, que deu voz à MarIA através da interpretação cuidadosa de locutoras negras e pardas das cinco regiões do Brasil.

“Muito se fala sobre como a IA está sendo usada para substituir o fator humano na comunicação, buscando mimetizar sentimentos através personagens que não existem e só para baratear produções. Fomos no caminho do propósito por trás da ferramenta: a MarIA existe, só não é vista”, declara Marcelo Reis, fundador da Alegria, hub de criatividade estratégica responsável pela criação da campanha. “A IA, nesse caso, cumpriu seu papel: deu vida à soma de milhares de rostos, o que seria impossível de apresentar em uma peça de comunicação de forma emocionante. Só a Inteligência Artificial conseguiria chegar aos traços qualitativamente corretos deste rosto”, reflete Marcelo.

Ficha Técnica:

CLIENTE: Instituto Sou da Paz

AGÊNCIAS: Troup/Cyranos e alegria️️️️️️️️️️

Direção de criação: Marcelo Reis

Criação: Marcelo Reis, Fernando Zenari

Atendimento: Fernanda Antonelli

PRODUTORA: LOVE PICTURES COMPANY

PRODUTOR: Wal Tamagno

PRODUTORA EXECUTIVA: Joana Duchiade

PRODUTOR EXECUTIVO DE PÓS-PRODUÇÃO: Mario Ubirajara

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO EXECUTIVA: Caroline Julian

PESQUISA: Marta Miranda

IA:

PRODUTORA: The Future Studios

DIREÇÃO: Baepi Pinna

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Cacau Morais / Elder Ono

IA CREATOR: Baepi Pinna / Cacau Morais / Danilo Paulino / Jonas Postigo

TRILHA:

PRODUTORA DE ÁUDIO: Antfood Music & Sound Design

DIREÇÃO CRIATIVA: Lou Schmidt / Fernando Rojo / Tiago Mago

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Renato Castro / Christiane Rachel

PRODUÇÃO MUSICAL: Lou Schmidt / Fernando Rojo / Tiago Mago / Luis Bergmann / Vinicius Nunes / Lucas Baldin

COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO: Monique Munhoz / Pablo Mello

FINALIZAÇÃO: Bruno Broaska / Fabian Jorge / Pedro Macedo

ATRIZ/LOCUTORA: Rosa Rosah (MarIA)

DUBLADORA NORDESTE: Graça Cunha

DUBLADORA NORTE: Lene Costa

DUBLADORA SUL: Andrea Cavalheiro

DUBLADORA CENTRO-OESTE: Mabo

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