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Novo episódio do Meu Nome é Correria traz revelações de um dos maiores defensores dos direitos humanos do Brasil: padre Júlio Lancellotti

Novo episódio do Meu Nome é Correria traz revelações de um dos maiores defensores dos direitos humanos do Brasil: padre Júlio Lancellotti

De tentativas de assassinato, da falta de incentivo dos pais, até um telefonema surpresa do Papa Francisco, o padre Júlio Lancellotti revela momentos difíceis e desafiadores de sua trajetória no programa comandado por Cazé Pecini

O programa Meu Nome é Correria, projeto de conteúdo autoral da E-Content Lab apoiado pela Philips Áudio e Vídeo que já está em sua 2ª temporada, recebeu um convidado especial no episódio de número 26. Trata-se do padre Júlio Lancellotti, referência nacional na defesa dos direitos humanos e sociais, conhecido pelo seu trabalho desenvolvido com a população em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo pela Pastoral do Povo de Rua.

Durante uma hora de conversa, o ativista, escritor, pedagogo e influenciador – que hoje conta com mais de um milhão de seguidores no Facebook e Instagram – trouxe passagens de sua vida desde criança e de como determinadas situações o marcaram e o levaram a seguir o caminho religioso e, principalmente, com foco no social. “Sempre estive dos lados de presos, dos adolescentes infratores, pessoas com HIV e AIDS, pessoas que vivem em situações de rua. Meu pai trabalhava no serviço social de menores, que pertencia à Secretaria da Justiça e ele me levava para brincar com os meninos internos que estavam lá. Isso me fez perceber a vida deles”, comenta.

Consciente de seu papel social, Júlio Lancellotti identifica durante a conversa os principais desafios do seu trabalho nas últimas décadas. Com foco total em fazer o bem, a doar amor e tempo aos mais necessitados e àqueles que são considerados excluídos da sociedade, mesmo assim, o padre se depara o tempo todo com pessoas que tentam impedir este processo. Mesmo sentindo os efeitos psicológicos e físicos desses ataques (até os cibernéticos), continua persistindo neste trabalho que é reconhecido em todo o país.

“Minha perspectiva é o fracasso e eu me sinto um fracassado. Como Darcy Ribeiro, estou muito feliz por estar ao lado dos que perderam e detestaria estar ao lado dos que ganharam. Eu aprendi na vida, em momentos muitos difíceis, que a gente vai apanhar. Eu já levei cacetada da tropa de choque, gás de pimenta na cara, já tive que fugir de bomba de efeito moral, porque se você está ao lado dos fracos, vai se tornar fraco. Se você está do lado dos que perdem, você vai perder também. Eu digo com muita clareza: eu luto para ser fiel até o fim, porque sei que não vou vencer”. No papo com Cazé disse que seu principal lema, algo que ouviu inclusive do Papa Francisco recentemente, é não desanimar e manter a fé em Deus.

Para o padre Júlio Lancellotti conhecer os grandes educadores a fundo, o movimento, os métodos, trouxe proximidade com as pessoas com mais dificuldade e, principalmente, aquelas excluídas da educação. “Você não corre com quem você não convive. E muitas vezes para conviver é preciso mudar de lugar social. Tem que estar do lado daqueles que não conseguem lutar, gritar, caminhar, daqueles que precisam da sua “correria”. Para ele, este pensamento marcou – e ainda marca – muito a sua vida.

72 anos e contando – Além de outras revelações envolvendo quatro tentativas de assassinato, a falta de incentivo dos pais no caminho religioso, das vezes que voltou atrás nos estudos para se tornar padre, dos momentos difíceis vividos no seminário e do convite que recebeu para se retirar, da namorada que teve antes de virar padre, da sua fase como professor, entre outras, Júlio Lancellotti destacou que é multitarefas, mostrando que a idade não é um problema – a não ser pela artrite, que o impede de ficar horas dentro de um avião. “Cuido das minhas redes sociais, faço faxina em casa, participo de reuniões, celebro missa diariamente, tomo café da manhã com moradores de rua, convivo com eles. E tenho meus livros, que são minha companhia de todas as horas”, diz.

Luto e luta – Além de todos os números que demonstram todo o impacto negativo da pandemia em todo o país, Júlio Lancellotti relembrou de pessoas queridas que perdeu neste período e comentou como a negligência de alguns refletiu nestes dados negativos. Ainda, contou como aprendeu a ler os olhos das pessoas de rua foi fundamental neste momento difícil.

Para conferir o 26º episódio do programa Meu Nome é Correria com o padre Júlio Lancellotti, basta acessar https://meunomeecorreria.com.br/#episodios.

Ficha Técnica:

Direção Vinicius Mancini

Roteiro Cazé Pecini, Vinicius Mancini e Leandro da Mata

Produção Executiva Marina Doitschinoff e Leandro da Mata

Filmagem e Fotografia Ramy Robson e Lucas Pena

Áudio e Mixagem Beto Gebhard e Rafael Themés

Edição e Pós-produção Rafael Mancini

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