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MASP anuncia maior projeto de preservação do histórico edifício de Lina Bo Bardi

O MASP comunica uma importante etapa do projeto de preservação do histórico Edifício Lina Bo Bardi com a realização de restauro e repintura.

O MASP comunica uma importante etapa do projeto de preservação do histórico Edifício Lina Bo Bardi com a realização do restauro e da repintura dos pilares e vigas externas, assim como da laje de cobertura do vão livre, ambas estruturas que apresentam desgastes significativos causados pela ação do tempo e pela exposição às intempéries.

O restauro dos pórticos conta com o apoio dos patrocinadores master AkzoNobel e Citi. Para recuperar a cor vermelha, que chegou aos pórticos em 1990 para proteger a estrutura de concreto e foi uma escolha da arquiteta Lina Bo Bardi, a AkzoNobel desenvolveu um sistema de pintura de alto desempenho que garante resistência e durabilidade, respeitando a qualidade estética do simbólico vermelho do MASP. “É a primeira vez que essas estruturas passam por um processo que leva em consideração critérios e parâmetros de restauro e preservação do patrimônio histórico. Nós assumimos o compromisso de aplicar metodologias científicas em todas as etapas, mantendo um rigor técnico que será também aplicado durante a obra no vão livre”, explica Miriam Elwing, gerente de Projetos e Arquitetura, MASP.

Parceira do MASP desde 2021, a AkzoNobel selecionou três produtos de sua marca International para o projeto: o verniz epóxi Intergard 2001, o revestimento epóxi Interseal 670HS e o acabamento Polisiloxano Interfine 878, que conferem às superfícies pintadas, entre outras características, a facilidade de remoção de sujeiras. “Este será o primeiro grande projeto de um museu com revestimento Polisiloxano em concreto no Brasil. Embora já venha sendo utilizado em diversas iniciativas importantes ao redor do mundo, esta será emblemática, combinando variadas tecnologias para assegurar o alto desempenho. O produto conta com uma altíssima resistência ao intemperismo e à degradação, oferecendo uma excelente retenção de cor e brilho a fim de manter um dos mais altos padrões visuais e de estética, quando comparado aos revestimentos convencionais de mercado”, explica Giuliano Tramontini.

“Participar desse projeto é participar da renovação de um símbolo da arte e da cultura no Brasil. Ao renovar suas cores e proteger suas estruturas, estamos dando a nossa contribuição para que o museu possa continuar existindo em seu melhor estado para receber seus visitantes”, comenta Giuliano Tramontini, gerente comercial – Revestimentos Marítimos, de Proteção e para Iates na América Latina da AkzoNobel. A inovação dos produtos aplicados na obra proporciona um maior espaço de tempo para a manutenção da pintura, preservando as cores características do MASP. Para manter a identidade colorimétrica, a AkzoNobel teve o suporte do seu time de coloristas para alcançar o padrão da cor original. A tonalidade foi batizada como Interfine 878 Vermelho MASP.

O MASP tem atuado de forma comprometida com a aplicação das mais avançadas metodologias do campo de preservação, restauro e recuperação estrutural, respeitando a magnitude histórica do seu edifício. Para reparar o concreto armado dos pórticos, são utilizados dois produtos químicos de nanotecnologia que atuam diretamente nos aços da estrutura. O primeiro elimina a ferrugem comprometida e o segundo cria uma proteção para evitar futuras corrosões – os produtos agem de forma não invasiva, sem a necessidade de expor as barras completamente. Para acompanhar e se antecipar a potenciais adversidades, foram instalados sensores de monitoramento em estruturas.

Após solucionar os problemas do aço, é feita a recomposição do concreto nos pontos que ele foi retirado. Com a finalidade de evitar uma aparência desigual com as intervenções, foram desenvolvidas argamassas com diferentes pigmentações, para se adequar às cores existentes no concreto do MASP, que, com o passar do tempo, desenvolveu colorações específicas. Por último, para aplicar novamente a cor vermelha característica do MASP, a AkzoNobel desenvolveu um sistema de pintura que conta com tecnologia de ponta e oferece extrema resistência com a finalidade de estender a vida útil da renovação. Todos os testes foram acompanhados e aprovados pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, órgão que avaliou tecnicamente e aprovou as soluções apresentadas para a necessidade da construção.

Desde 2015, com a retomada dos cavaletes de cristal e concreto projetados por Lina Bo Bardi, como suporte para as obras, a instituição está desenvolvendo um extenso projeto de preservação do patrimônio histórico com o objetivo de recuperar os conceitos originais da construção e realizar adequações necessárias para acolher as demandas contemporâneas. Inaugurado em 1968, o edifício é um dos mais importantes legados da arquiteta e sua visão de mundo norteia a gestão do MASP, que entende o edifício como parte da identidade e memória da sociedade. Conservá-lo garante modos de compreensão da história e, consequentemente, dos valores que a projetam para o futuro.

O plano de preservação do MASP tem como propósito entregar para a cidade e o país o histórico Edifício Lina Bo Bardi restaurado junto ao projeto de expansão, que consiste em um novo edifício nomeado Pietro Maria Bardi – com 14 andares ocupados por cinco galerias expositivas e duas galerias multiuso, ampliando a área expositiva do museu em 66%. Com a união dos dois prédios, o MASP irá oferecer uma estrutura ampliada para exposições, programas educativos e serviços de restauro de obras, possibilitando ao público maior acesso à cultura.

O projeto de restauro dos pórticos iniciou-se com uma pesquisa histórica e um levantamento documental sobre a estrutura do edifício acerca de todas as intervenções implementadas em seus pilares e vigas, desde a sua construção até o período atual. Visando a conservação e preservação da materialidade da estrutura de concreto, foram elaborados testes de campo para a definição dos procedimentos de remoção da pintura existente e de recuperação do concreto, de forma a preservar a sua textura e coloração. Diversos testes também foram feitos para retomar a cor vermelha dos pórticos.

Como parte do conjunto de ações do plano de preservação do edifício, também serão realizados serviços de manutenção e conservação na laje que cobre o vão livre. Essa etapa inclui a limpeza da laje, mapeamento de patologias e testes de recuperação e restauro do concreto armado. As intervenções atendem às crescentes e múltiplas demandas de ocupação do edifício e serão executadas de forma gradual para minimizar o impacto da operação do museu e não comprometer o acesso do público ao espaço. Durante o período de obras, será instalado um tapume no vão por medidas de segurança. Futuramente, a instituição irá realizar o restauro dos bancos, a instalação de guarda corpo de segurança, o refazimento de impermeabilização dos espelhos d’água, das jardineiras e do piso, além da adequação às normas de acessibilidade.

A primeira intervenção se deu com a retirada das divisórias de gesso do 2º andar, retomando os cavaletes de cristal e concreto, projetados por Lina Bo Bardi, como suporte para as obras. Entre 2016 e 2022, o edifício foi adequado às normas de segurança contra incêndio, com mudanças relevantes sem comprometer as características que conferem significância cultural ao edifício. Também foram executados projetos para transformações espaciais nos 1° e 2° subsolos, substituição dos elevadores, reforma do grande auditório adaptado às normas de acessibilidade e a instalação de um novo sistema de iluminação dos pórticos. “A administração atual do MASP, em colaboração com as empresas parceiras e patrocinadores, está dedicando todos os esforços para preservar e honrar o legado do Edifício Lina Bo Bardi, de imensa importância para a cidade e todo o país”, pontua Heitor Martins, diretor-presidente, MASP.

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