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Ação transforma comprimidos em linha telefônica para combater a crise de opioides nos EUA

Na ausência de apoio gratuito nos EUA pela rede de saúde, uma coalizão de entidades, foi formada para lançar a campanha "855-How-To-Quit".

A cada seis minutos, uma pessoa morre nos Estados Unidos em decorrência do uso descontrolado de opioides. Atualmente, estima-se que 2,1 milhões de pessoas no país sofram de transtornos por seu uso indevido e pelo vício desenvolvido. Na ausência de apoio gratuito e efetivo pela rede de saúde para esse público, uma coalizão de entidades, especialistas e ativistas foi formada para lançar a campanha “855-How-To-Quit”.

Idealizada pela agência Serviceplan Innovation, de Munique, a iniciativa usa os códigos de letras e números presentes nos comprimidos de cada medicamento para gerar diferentes linhas telefônicas que oferecem suporte para viciados em 30 dos mais populares opioides. A ação, suportada por um plano de comunicação presente em TV e mídias out of home, impressa, digital e de ponto de venda, convida pessoas que enfrentam o problema a digitar em seus telefones os números e letras correspondentes – prática comum nos EUA. Como exemplo, para mais informações sobre o vício em codeína, o paciente disca 855-469-86-7848-4733 (considerando o termo “how to quit” e as demais letras indicadas no teclado do telefone).

Ao ligar, é possível ouvir o relato de pessoas reais que enfrentaram o mesmo problema pelo uso excessivo daquele medicamento específico e que conseguiram, por meio de diferentes técnicas, se livrar do vício. Cada depoimento foi desenvolvido com a ajuda de especialistas em dependência, treinados para incluir informações médicas importantes, bem como a possibilidade de conexão direta para um número de emergência. Gratuitas, as ligações estão disponíveis para todos os 50 estados americanos 24 horas por dia, sete dias por semana. Conteúdos especiais e as gravações também estão disponíveis no portal 855-how-to-quit.org.

“Receber o apoio de pessoas que enfrentaram situações semelhantes aumenta as chances de recuperação em pelo menos 26%. Por meio dessas linhas de suporte, pessoas necessitadas estão se conectando com outras que enfrentaram problemas e desafios semelhantes, superaram o vício com sucesso e estão vivendo plenamente. Essa ligação pode proporcionar uma sensação de compreensão que ajuda a combater sentimentos de solidão e isolamento – gatilhos comuns para recaídas ou uso continuado”, destaca Erika Ball, fundadora e diretora da We Are Those People, entidade dedicada à defesa do tratamento de saúde mental com base em pesquisas e uma das participantes da campanha.

Para potencializar a eficácia da comunicação, as peças ganharam veiculações otimizadas por geolocalização. Em mercados como a Filadélfia, por exemplo, mensagens ligadas ao fentanil e à oxicodona são mais populares, diante do consumo abusivo desses medicamentos. Já em Washington, as peças trazem principalmente as imagens e códigos da hidrocodona. Além disso, a mídia OOH foi estrategicamente pensada para estar próxima de farmácias e outros pontos de acesso a medicamentos.

Junto à We Are Those People, a iniciativa é assinada por players como a PAIN, ONG especializada em serviços de reabilitação, suporte emocional e outros problemas causados por abuso de substâncias; e pela consultoria de saúde Anzen Health, junto a artistas, especialistas e ativistas como Jeffrey Stockbridge, Flindt Andersen, Pamela Smith, Sober Sammy, and Ronny Morales. Com criação da Serviceplan Innovation, de Munique, a campanha contou ainda com participação da brasileira DaHouse, responsável por toda a produção sonora; as agências de design Raw Materials (Nova York) e Kimera (Berlim); e a produtora JOJX Los Angeles, entre outros parceiros de mídia como Talon e Mediaplus.

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