A ABA realizou, como parte da sua agenda estratégia deste ano, em que celebra 65 anos, o evento Branding@ABA 65 anos & Record, que reuniu renomados profissionais de marketing para discutir como a inteligência artificial, as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) e a segurança de marca (Brand Safety) impactam as estratégias de branding das marcas.
O evento foi transmitido para todo o país, virtualmente, direto do estúdio da TV Record, em São Paulo. Sandra Martinelli, CEO da ABA, deu início ao evento comentando sobre a importância das marcas redefinirem suas estratégias de marketing e comunicação e, principalmente, seus posicionamentos, para se conectarem com um novo consumidor. “O cenário contemporâneo exige que sejamos mais do que anunciantes, nós precisamos ser agentes de mudança. Inteligência Artificial, ESG e Brand Safety não são apenas termos do momento, são pilares que definirão o futuro das marcas e o impacto que elas deixarão na sociedade e são esses pilares que moldam o branding no mundo contemporâneo”, afirmou Martinelli.
O evento teve cocuradoria da Record e do Comitê de Branding & Conteúdo da ABA, presidido por André Kieling, Global Executive Marketing Manager – Brand & Consumer Insights da Bauducco, que mencionou que o objetivo do Branding@ABA 65 anos & Record é de “inspirar e trazer novas perspectivas que nos movam em direção a um marketing mais responsável e humano.” A painelista Anna Flavia Ribeiro, Head Sales da MIT Sloan Management Review Brasil, comentou: “Eu não gosto daquela frase de que a tecnologia não é nem boa, nem ruim, mas sim o que fazemos dela. Eu não acredito nisso; acho que existem tecnologias que são inerentemente boas, cuja concepção foi positiva, e outras que não são tanto. No caso da Inteligência Artificial, ela é, sim, ambígua em seu extremo. Eu considero que ela é um ganho societário.”
Lucia Bittar, Conselheira da ABA, Vice-Presidente do Comitê de Branding & Conteúdo da entidade e Diretora de Marketing, Channel Marketing e PR da Samsung Brasil, acrescentou: “A questão ética da IA envolve até onde a gente pode ir, até onde é certo usar esses dados. Eu acho que isso hoje permeia a discussão de qualquer empresa séria, e fico feliz de ver que muitas empresas têm essa preocupação e estão discutindo muito isso, no sentido de que não podemos cruzar nenhuma linha, e a nossa prioridade é sempre proteger e respeitar o nosso cliente e consumidor.”
Luciana Bulau, Diretora da ABA e Gerente-Executiva de Marca da BRF, discorreu sobre a responsabilidade de marcas no setor de alimentos diante de um ponto muito sensível da segurança alimentar. “Temos que garantir ali uma série de boas práticas que acompanham toda a cadeia de produção do alimento. No caso da BRF a gente leva isso muito a sério. O agronegócio entra numa agenda negativa, mas na verdade é um dos setores que está muito avançado na prática de ESG, até por uma questão de sobrevivência. Na BRF nós exportamos para o mundo inteiro, então se não temos as melhores práticas fechamos mercados, literalmente.”
Paula Sayão, CMO do Banco do Brasil, destacou as ações práticas do banco em ESG: “O banco tem instituído a sustentabilidade como um movimento que permeia todas as áreas em que a gente precisa atuar para que, depois, o marketing possa falar. Então, a gente leva isso como um movimento de atuação muito grande. Hoje, a gente vive num contexto hiperconectado, de muita transparência e de muita exigência. E quando a gente fala de ESG existem milhares de oportunidades”. E finalizou com um conselho: Não é sobre deixar de falar, mas falar com verdade tendo todos os riscos mapeados e estar preparado para dar as respostas, porque as perguntas virão.”
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