Pode parecer um exagero, mas os dados não mentem: AI Overviews do Google (essas “visões gerais com IA” no topo da busca) está mesmo abalando as estruturas. É o fim do SEO como conhecemos!
Estudos revelam que a queda de tráfego orgânico pode chegar a 25% em grandes publishers, segundo levantamento do Digiday, em 2025. A Ahrefs, uma das principais plataformas de análise e monitoramento de SEO, mostra um tombo de até 34,5% no CTR da posição. O mesmo estudo da Ahrefs indica perda média de 24%, chegando a 45% em alguns casos. Em verticais como moda e receitas, as quedas chegam a 70%.
Mas calma, o SEO continua sendo essencial, só não é mais suficiente. Ele se tornou uma espécie de base do jogo. Agora, é preciso pensar também em Answer Engine Optimization (AEO): conteúdo enxuto, claro, estruturado em perguntas e respostas diretas; formato que a IA consegue puxar para o Overview. Conteúdos únicos, como reviews, comparativos e ferramentas, ganham força porque a IA não consegue resumir tudo sozinha.
No novo cenário, o branding ganha força. É hora de equilibrar tráfego pago e orgânico, investir em conteúdo proprietário e explorar todos os canais que permeiam a jornada do consumidor. Publishers já dão exemplo: com a queda do tráfego orgânico, muitos migraram para assinaturas, eventos e comunidades diretas com o público.
A maior parte da receita inevitavelmente virá de mídia paga. Por isso, fidelizar o consumidor adquirido nesse modelo é fundamental para ampliar receita recorrente. Ainda assim, o orgânico continua relevante: melhora ROI, reduz dependência de verba, incrementa audiência direta e fortalece a marca. SEO hoje é mais sobre visibilidade do que cliques — ser citado na Overview dá autoridade mesmo sem o clique direto.
Dados de mercado contundentes que devem ser analisados:
– CTR da posição 1 cai em média 34,5% quando há AI Overview (Ahrefs), segundo Search Engine Land, 2025;
– Quedas entre 1% e 25% em sites de notícias e entretenimento; média de -10% YoY, e não-notícias chegam a -14%, conforme Digiday, 2025;
– Sobre zero-clicks: usuários clicam apenas em 8% das buscas com IA, contra 15% sem IA;
– Sessões terminam no Google em 26% dos casos com IA, frente a 16%, sem ela, aponta Pew Research Center, 2025;
– SimilarWeb mostra que o tráfego de sites de notícia caiu de 2,3 bilhões para menos de 1,7 bilhão de visitas, e zero-clicks subiram de 56% para 69%;
– Business Insider perdeu 55% do tráfego de busca orgânica entre abril de 2022 e abril de 2025.
O que muda para os CMOs?
O Google agora entrega a resposta antes mesmo do clique. O SEO ainda existe, mas a prioridade é ser referência dentro da IA, não apenas ranquear. A equação passa a ser: mídia paga para resultado imediato e conteúdo proprietário para relacionamento de longo prazo. O nome da marca precisa valer, mesmo quando o clique não vem.
A IA deve funcionar como motor de crescimento. O futuro do SEO não está apenas em disputar palavras-chave, mas em como as marcas conseguem ser reconhecidas pelas inteligências artificiais como fontes confiáveis de resposta. Isso muda a lógica do marketing digital.
Aqui entram os agentes de IA aplicados ao marketing, que já estão ajudando empresas a:
- Aumentar eficiência em SEO: mapeando lacunas de conteúdo que a própria IA pode citar em suas respostas e ajustando páginas com precisão;
- Escalar vendas com personalização: copilotos e chatbots inteligentes que não só respondem, mas qualificam leads e conduzem consumidores em jornadas customizadas;
- Conectar marca e audiência: criando hubs digitais, newsletters e comunidades que equilibram visibilidade, fidelização e recorrência.
Em outras palavras: IA não substitui o SEO, mas redefine seu papel como parte de uma estratégia integrada de vendas, marca e experiência.
Na CBYK, temos apoiado clientes justamente nesse ponto — implementar estruturas de Marketing Services potencializadas por agentes de IA, capazes de ampliar alcance, reduzir custo de aquisição e fortalecer a relevância digital em mercados cada vez mais competitivos.
Por Fabio Torino, Diretor de Marketing Services da CBYK.
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