Cannes Lions – YouTube celebra 20 anos e apresenta novas ferramentas de IA

Cannes Lions - Após 20 anos, o YouTube é hoje o epicentro da cultura global. Foi assim que o CEO Neal Mohan definiu o impacto da plataforma de vídeos.
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Após duas décadas de revolução cultural, o YouTube é hoje o epicentro da cultura global. Foi assim que o CEO Neal Mohan definiu o impacto da plataforma de vídeos, lançada em 2005, no universo do entretenimento. De vídeos de qualidade duvidosa nos primeiros anos, como o icônico “Me at the Zoo” de 19 segundos, até vídeos de alta qualidade que rivalizam hoje com a mídia tradicional, o YouTube empoderou criadores de conteúdo na construção de uma nova indústria. Fomentou comunidades de fãs a ponto de obrigar a televisão a se reinventar para sobreviver nos novos tempos. “O YouTube é hoje o lugar onde tendências são criadas, movimentos se unem e a criatividade é constantemente redefinida. Criadores, agora vistos como “startups de Hollywood”, redesenharam a indústria, gerando empregos para roteiristas, editores e produtores, além de construírem seus próprios estúdios”, disse Mohan, citando como exemplo recente o criador francês Ines Benazzouz, cujo documentário sobre sua escalada ao Everest alcançou 17 milhões de visualizações em menos de 48 horas no YouTube e em cinemas.

Para comprovar a revolução em números, o CEO do YouTube apresentou dados sobre como o consumo de conteúdo e o engajamento da audiência estão moldando o comportamento do consumidor. O dado mais eloquente é a migração das telas de computadores para as de TV: mais de 1 bilhão de horas de YouTube são assistidas em televisores diariamente. Para mais de um milhão de canais no YouTube em todo o mundo, a TV já é a tela mais assistida, indicando uma mudança significativa no consumo de vídeo online. “O consumo de conteúdo está em constante evolução, com o YouTube adaptando-se e liderando novas tendências”, afirma Mohan. Diante dessa nova realidade, os criadores estão desenvolvendo uma “nova TV”, serializando programas em alta definição, como o “Report de Brozki”, de Britney Brozki, sem as restrições de formato ou gênero da televisão tradicional, focando no que realmente importa para os espectadores.

Outro gênero em ascensão são os podcasts em vídeo, com mais de 1 milhão de espectadores assistindo a podcasts mensalmente no YouTube. Um exemplo é “Rocamango”, de Stephane Su, que ganhou mais de 2 milhões de inscritos em um ano após incorporar o vídeo. Os Shorts, vídeos curtos do YouTube Shorts, registram mais de 200 bilhões de visualizações diárias, demonstrando o enorme crescimento e popularidade do conteúdo de formato curto.

Inteligência artificial: novas ferramentas para impulsionar a criatividade

Neal Mohan afirma que a Inteligência Artificial (IA) também está entre as prioridades do YouTube, sendo integrada a diversas ferramentas. “É uma catalisadora da criatividade humana, abrindo novas avenidas para a exploração de conteúdo”, destaca. Além do DreamStreet, que hoje permite a criação de fundos e clipes de vídeo gerados por IA para Shorts, o YouTube se prepara para lançar, no segundo semestre, o VO3, novo modelo do Google que melhora a qualidade do vídeo e incorpora áudio. Os testes têm demonstrado que a ferramenta é capaz de gerar fala realista, como visto em clipes produzidos por IA a partir de um prompt.

Outra ferramenta de IA é a de dublagem automática, que atualmente traduz vídeos para nove idiomas — com mais onze a serem adicionados em breve —, superando obstáculos para o crescimento da audiência global. “Em seis meses, mais de 20 milhões de vídeos foram dublados, ampliando drasticamente o alcance de criadores e marcas”, conta Mohan. “A IA está presente em todas as fases do processo de produção de conteúdo — da ideação e pré-produção à criação final”, complementa. O CEO do YouTube compartilhou a história de Randy Paul, um criador que começou aos 12 anos e hoje lidera um estúdio com 30 pessoas e mais de 17,5 bilhões de visualizações, um sucesso impulsionado pelo uso eficaz da IA. “Ferramentas como o Imagen auxiliam na montagem de aberturas visuais e na simulação de diferentes locais e composições, garantindo que o início do vídeo seja visualmente magnético e ofereça uma narrativa mais engajadora”, conta.

Dessas ferramentas, o VO3 é tratado com as maiores expectativas e terá sua implementação e impactos nos YouTube Shorts monitorados para identificar novas oportunidades de criação de conteúdo. “Temos que sempre analisar tendências de consumo em TV, Shorts e podcasts em vídeo para adaptar e otimizar estratégias de distribuição de conteúdo. Por isso, investigar o potencial da integração de IA nas fases de ideação e produção de conteúdo é fundamental para otimizar recursos e expandir a criatividade das campanhas”, concluiu Neal Mohan.

A cobertura do Marcas pelo Mundo em Cannes tem o patrocínio de Lew’Lara/TBWA, Artplan, JNTO, Central de Outdoor e Vox Haus.

Leia outras notícias: https://marcaspelomundo.com.br/categorias/coberturas-especiais/cannes/

 

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