Nos últimos anos, a exploração ilegal de terras indígenas no Brasil cresceu exponencialmente contaminando o solo, a água e dizimando parte da população de diversos povos. Para conscientizar a nova geração sobre a importância da preservação da população indígena, nasce o projeto educacional “A Terra Não Minerável”, que será lançado nas redes sociais no Dia dos Povos Indígenas, dia 19 de abril, e apresentado aos educadores no stand da desenvolvedora do jogo, no maior evento de educação e tecnologia latino-americano, a Bett Brasil, de 9 a 12 de maio.
A iniciativa tem a participação da Amazone-se, do Centro de Trabalho Indigenista – CTI e da Survival International, organizações da sociedade civil que atuam junto a comunidades indígenas na Amazônia. O programa acontece onde este público já passa grande parte dos seus dias: o Minecraft, game mais vendido no mundo, que ensina as crianças a minerarem e desenvolverem seus mundos.
Em um mapa ambientado na Floresta Amazônica, formado pelos povos originários, seus rios, árvores, pássaros, fogueiras, entre outros elementos, as crianças terão a oportunidade de aprender sobre a preservação do meio ambiente. No novo mod criado “A Terra Não Minerável”, como o próprio nome sugere, se torna impossível fazer a mineração do solo, subvertendo, assim, a lógica do jogo, graças a uma inédita mudança em sua na programação, que não importa o quanto o jogador tente, ele não conseguirá minerar. Ao invés, abre-se para os jogadores um espaço de aprendizagem desenvolvido com o apoio de um consultor pedagógico especializado no Minecraft Education. “O mapa apresenta elementos da cultura indígena no Brasil em um mundo virtual para trazer consciência real”, destaca Francisco Tupy, consultor em Minecraft Educational.
O projeto será disponibilizado para todas as crianças dentro do Minecraft Educacional e inclui iniciativas pedagógicas junto aos professores para que levem seus alunos a conhecerem um pouco sobre as comunidades indígenas e suas culturas, por meio de atividades educativas. Explorando o sistema encontrado nessas “terras indígenas”, as crianças são levadas a entender por que as terras destas comunidades devem ser respeitadas. Aliás, o mapa não representa uma comunidade indígena específica, mas sim, salienta os pontos que têm em comum, afinal, a questão sobre o cuidado com as terras é de todos e não apenas de um povo.
“Estamos muito felizes por apoiar o início de um projeto potente e inovador que mistura pedagogia e tecnologia. É urgente e necessário valorizar e trazer as riquezas e culturas vivas da nossa Amazônia para a educação das crianças de todo o Brasil. Acreditamos no potencial de crescimento e expansão de novas vertentes futuras desse projeto educacional”, destaca Guilherme Cesaro, diretor pedagógico e jurídico da Amazone-se.
“A Terra Não Minerável é um projeto essencial para a conscientização das novas gerações sobre a importância de proteger as terras indígenas, a enorme biodiversidade que se encontra nelas, e de respeitar os melhores guardiões da natureza que são os povos indígenas”, endossa Priscilla Oliveira, pesquisadora e ativista da Survival International. Para levar a iniciativa ao conhecimento de um maior número de pessoas, o projeto, cocriado pela AlmapBBDO, tem também um site, que traz várias informações e mostra a navegabilidade dessas terras impossíveis de serem mineradas no Minecraft.
Ficha Técnica:
Campanha:
Non-Mineable Land
Client: Amazone-se, Centro de Trabalho Indigenista – CTI e Survival International
Produto: Institucional
CCO: Luiz Sanches e Pernil
Diretor Executivo de Criação: Pedro Corbett
Criação: Pedro Corbett, Pedro Ximenes, Vinicius Souza, Hell Mota
Atendimento: Julia Newman
Conteúdo: Francisco Tupy
Projetos Especiais: Julia Newman, Rebeca Dues
Produção audiovisual: Diego Villas Bôas e Bruna Rocha
Edição e finalização: Cadu Silva
Motion: Bruno Delacerda
Produtora de som: PUNCH AUDIO
Produtor: Cristiano Pinheiro
Criação: Andre Cury
Atendimento: Lili D.Aragoni, Ale Pais e Fernanda Garroux
Coordenação de Produção: Cristiane Oliveira e Amanda Vieira
Mixagem e Finalização: Gustavo Guanaes, Fernando Martinez e Flávio Gondim
Aprovação: Amazone-se, Centro de Trabalho Indigenista – CTI e Survival International
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