A agência Santa Clara acaba de anunciar seus resultados de 2021. Com uma margem de lucro 30% superior ao ano passado, a empresa viu os novos negócios crescerem 295% este ano, fruto de uma reestruturação que foi finalizada no em 2020.
Em 2019, a agência, que faz parte do Grupo M&C SAATCHI, implementou um novo modelo de negócios que implicou em grandes mudanças não só na sua oferta ao mercado, mas também na sua relação com os parceiros. A Santa Clara criou diversos produtos de forma modular, algo inédito naquele momento da publicidade brasileira. Por outro lado, a agência passou a contratar e alocar horas de seu pessoal de forma mais flexível, permitindo ajustar às flutuações financeiras do mercado.
“Quando desenhamos e colocamos em prática este modelo, mal podíamos saber que estávamos nos preparando para o maior vale que a espécie humana tinha visto em 100 anos. Mas, essa visão foi essencial para que estivéssemos prontos para passar pelas mudanças que a pandemia gerou a economia e ao mercado como um todo. Em 2019, já atuando neste novo modelo, nossa receita bruta chegou a mais de R$ 25 milhões. Tivemos um turnover de mídia superior a R$ 100 milhões e nossa margem de lucro, bottom line, chegou a 23%”, anuncia o CFO e sócio sênior da Santa Clara, Leo Ganem.
Quando 2020 chegou trazendo a pandemia da Covid-19, o CEO e fundador da agência, Fernando Campos, estabeleceu duas diretrizes: “Por volta de março sabíamos que a crise seria longa e profunda; e, que depois dela, o mundo nunca mais seria o mesmo. Pedi a meus sócios duas coisas: vamos preservar os resultados, o caixa e o negócio com um plano de emergência, mas não vamos demitir nem uma só pessoa num momento desses”, relembra o executivo.
O pedido podia gerar um conjunto vazio em outras épocas, mas com um modelo flexível a agência sofreu, mas cumpriu a meta: sobreviveu, saiu mais forte e não demitiu ninguém durante a pandemia. Em 2021, o top line da Santa Clara cresceu 30% e os novos negócios tiveram uma recuperação impressionante crescendo 295% em relação à base do ano passado. Com a redução de custos proveniente dos impactos da pandemia, por exemplo em espaço físico, a margem de lucro da agência subiu 30%.
A agência também está comemorando a chegada de novos projetos como Loungerie, Baccio di Late, entre outras, todos com campanhas já em andamento. Para 2022, a maioria dos especialistas prevê um crescimento econômico baixo, próximo aos 2%, devido à alta inevitável dos juros. Mas, a Santa Clara continua otimista: “Esperamos um crescimento em nossa receita em mais 12% e uma consolidação de nossa margem em 32%, ou seja, a recuperação do top line combinada com os ganhos desse novo mundo onde o trabalho é remoto e as pessoas são alocadas de forma fluída em gig jobs e squads temporários vai gerar uma tempestade perfeita. Estamos preparados para isso há anos”, finaliza Ganem.
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