Schneider Electric: a empresa ‘invisível’ que move o mundo com energia, propósito e sustentabilidade

Schneider Electric: a empresa 'invisível' que move o mundo com energia, propósito e sustentabilidade. Entrevista com Arthur Wong, VP de Marketing e Sustentabilidade
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Por trás de cada luz acesa, de cada fábrica em operação e de cada hospital em pleno funcionamento, há uma rede invisível de energia e automação que mantém o mundo em movimento. E, em muitos desses sistemas, está a Schneider Electric, uma das maiores líderes globais em gestão de energia e automação, que há mais de um século transforma a relação entre tecnologia e sustentabilidade.

Conversamos com Arthur Wong, vice-presidente de Marketing e Sustentabilidade da companhia, que compartilhou um panorama inspirador sobre a missão da Schneider de construir um futuro mais eficiente, resiliente e verde.

Assista:

A empresa mais ‘invisível’ do mundo

Temos uma máxima interna aqui que a gente fala que a Schneider deve ser a empresa mais invisível do mundo”, diz Arthur Wong, com um sorriso. E faz todo o sentido. A empresa está presente em praticamente tudo — prédios, indústrias, governos, hospitais — ainda que o consumidor final raramente perceba.

“Eu gosto de falar que, para você ser sustentável, tudo conta e a Schneider está presente nisso. E quando a gente fala de sustentabilidade, é sim emissões, recursos, mas também, financeiro.”

Esse olhar amplo traduz o papel da companhia: conectar eficiência, tecnologia e propósito em toda a cadeia produtiva. A Schneider oferece desde consultorias para ajudar empresas a medir e reduzir emissões até soluções completas de gerenciamento de energia, automação industrial, IoT e produtos para o consumidor final, como interruptores, câmeras e fechaduras inteligentes que integram ambientes e melhoram a performance energética.

B2B, B2C e o fator humano

Com uma longa trajetória no marketing, Arthur conduz hoje uma transformação que une os mundos B2B e B2C sob uma abordagem B2B2C, um modelo centrado nas pessoas.

A estratégia da Schneider é simplificar narrativas complexas e traduzir termos técnicos em benefícios reais: produtividade, eficiência e segurança. “Sustentabilidade vende eficiência, produtividade, resiliência e segurança. Ninguém quer mexer na eletricidade se você não tiver produtos seguros”, resume Arthur.

Traduzindo o impacto em números reais

Uma das principais métricas da companhia é o Schneider Sustainability Impact (SSI) — um programa global que traduz as 17 metas da ONU em 11 objetivos estratégicos da empresa. Um deles é reduzir a emissão de CO₂ na atmosfera.

“Nesse ciclo de 5 anos, a gente se comprometeu a tirar 800 milhões de toneladas de CO₂. Chegamos agora no último quarto desse ciclo, em 732 milhões de toneladas.”

Mas o desafio era comunicar o que isso representa. “Isso é equivalente ao que 130 milhões de carros emitem de CO₂ em um ano. Se eu somar São Paulo e Nova York e por 11 anos não tiver carros a combustão, isso foi o que a gente conseguiu fazer em 4 anos e meio.”

Essa tradução do impacto em comparações tangíveis é o segredo para aproximar o tema das pessoas. “É essa tradução que a gente está tentando trazer um pouco para as pessoas entenderem o que é o impacto no dia a dia.”

Sustentabilidade dá lucro — e transforma o negócio

Arthur é categórico: “Sustentabilidade é rentável.” E os números comprovam. Há 20 anos, o chairman da companhia, Jean-Pascal Tricoire, decidiu que sustentabilidade não seria apenas uma pauta, mas a essência da estratégia corporativa. Desde então, a receita da empresa quadruplicou, o lucro aumentou nove vezes e o valor de mercado cresceu doze vezes.

“Quando você tem sustentabilidade como o seu core, ela sim traz mais valor para a empresa e para o seu stakeholder.” Para Wong, o segredo está nas decisões de longo prazo. “Quando são decisões de curto prazo, realmente são custos. Mas quando são efetivas, se eu consumo menos, eu tenho menos custo. Se eu tenho mais flexibilidade na planta, eu produzo mais. Sustentabilidade é eficiência.”

Liderança global com raízes brasileiras

Com a COP se aproximando, o Brasil ocupa papel de destaque no cenário sustentável da Schneider. “O Rafael Segrera, que é o nosso presidente para a América do Sul, foi nomeado chair de um grupo de trabalho com a CNI, dentro da SBCOP, para discutir habilidades e trabalhos verdes.”

O país, explica Arthur, enfrenta um grande desafio: apesar de ter 85% da matriz energética vinda de fontes renováveis, está entre os últimos do ranking de eficiência energética. “Apesar de ter uma matriz muito limpa, a gente não está conseguindo usar isso com eficiência. É aí que a Schneider entra, para ajudar a indústria brasileira a ter mais competitividade mundial.”

Comunicar o invisível

Quando o assunto é comunicação, a Schneider aposta em diversidade de canais e narrativas.

A gente tem vários segmentos e decisores. Falamos com C-levels sobre produtividade e eficiência, com diretores de planta sobre automação, com gerentes de manutenção e até com eletricistas.

Essa pluralidade exige uma abordagem multicanal. “A gente está indo muito forte para o digital, usando inteligência artificial para gerar conteúdos diferenciados. Fazemos muitos seminários educativos, mas também precisamos comunicar quem é a Schneider, a empresa mais invisível do mundo.”

Reconhecida globalmente pela sustentabilidade

Com orgulho, Arthur celebra os reconhecimentos internacionais. “Fomos nomeados duas vezes pela Time e pela Corporate Knights como a empresa mais sustentável do mundo.

Os resultados do SSI são medidos com o mesmo peso das metas financeiras, e incluem indicadores de emissões de CO₂, escopo 3 (fornecedores), diversidade, inclusão e acesso à energia e treinamento.

“O time de liderança na América do Sul hoje é de 50% homem e 50% mulher. Também levamos energia limpa e segura para mais de 50 milhões de pessoas e treinamos mais de 1 milhão em energia renovável.”

O futuro é agora

Para Arthur, o futuro da Schneider Electric e do marketing sustentável é uma jornada de propósito e urgência. Eu estou tendo uma oportunidade única de incorporar não só o marketing, que é uma paixão, mas a sustentabilidade, que é um valor.

Ele vê a próxima década como decisiva. “Sim, é rentável ser sustentável. Mas, mais do que isso, é urgente. A mudança climática já está aí. Só com processos mais eficientes e produtivos vamos conseguir essa transformação — com progresso e não retrocesso.”

A Schneider Electric é, de fato, uma empresa invisível aos olhos, mas presente no progresso, na eficiência e nas vidas que transforma. E, como Arthur resume com sensibilidade, “eletricidade é um direito fundamental da humanidade.”

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