A publicidade é um dos espaços mais poderosos. Campanhas moldam comportamentos, ditam tendências e refletem a diversidade do público que consome marcas e serviços. Mas quando o tema é acessibilidade, a pergunta que fica é: será que a propaganda brasileira já está realmente preparada para incluir todos os consumidores?
Pessoas com deficiência estão em todas as camadas sociais, cidades, etnias, gêneros e idades. Segundo resultado do Censo 2022 divulgado em maio de 2025, são 14,4 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, considerando dificuldades permanentes de visão, audição, mobilidade, coordenação motora fina e funções mentais.
Apesar do número expressivo, ainda é comum encontrar campanhas que não oferecem closed caption, audiodescrição ou tradução em Libras, recursos essenciais para garantir que todos tenham acesso à mensagem.
Alguns recursos que transformam a comunicação
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Closed Caption: fundamental para pessoas surdas e ensurdecidas, possibilita acompanhar diálogos, músicas e sons relevantes.
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Audiodescrição: traduz imagens em palavras, narrando cenários, expressões e ações para pessoas cegas ou com baixa visão.
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Libras: a presença da Língua Brasileira de Sinais amplia a compreensão de conteúdos publicitários para milhões de brasileiros que a utilizam como primeira língua.
Muitas marcas têm dado passos importantes nesse caminho e vêm incorporando a acessibilidade. Plataformas de streaming, como a Netflix, também se destacam ao oferecer legendas, audiodescrição e navegação acessível em diferentes idiomas.
Além das marcas, empresas especializadas também têm papel fundamental nesse processo. A XR Extreme Reach, por exemplo, oferece soluções completas de acessibilidade para diferentes meios. Desde 2014, quando o closed caption se tornou obrigatório no Brasil, a companhia passou a produzir esse recurso. Posteriormente, com a exigência da audiodescrição, também incorporou o serviço ao seu portfólio.
Hoje, a XR Extreme Reach produz closed caption, audiodescrição e Libras, mesmo que a tradução em Língua Brasileira de Sinais ainda não seja obrigatória por lei. “O desafio em relação à Libras é que, diferente dos outros recursos, ela precisa estar inserida no vídeo, já que não é possível habilitar ou desabilitar pelo controle remoto”, comenta Celso Vergeiro – CEO da XR Extreme Reach. Essa pauta ainda deve ser amplamente discutida entre os anunciantes e produtoras.
Mais do que cumprir leis, a publicidade tem a chance de se tornar um espaço realmente plural. Uma propaganda acessível não comunica apenas um produto, mas sim respeito, equidade e compromisso com a sociedade.
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